Pesquisadores do Ministério da Agricultura, da Ceplac e alguns estrangeiros seguem estudando intensamente a monilíase, nova praga que ameaça seriamente os produtores de cacau da Bahia, que não faz muito tempo conseguiram ficar livres de outra grande praga, a vassourinha de bruxa.
Nos próximos dias, de acordo com informações do programa Bahia Rural, a Ceplac estará lançando uma cartinha orientando os produtores como prevenir a doença. Segundo a Ceplac, a monilíase é causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que infecta os frutos do cacaueiro em qualquer estado de desenvolvimento, principalmente aqueles com até 90 dias.
“O patógeno não ataca a parte aérea da planta como acontece com a vassoura-de-bruxa, mas seus danos econômicos variam entre países e regiões onde existe, já que fatores climáticos favorecem sua dispersão nas regiões mais quentes e úmidas, quando completa o ciclo com rapidez. Um fruto infectado pode produzir sete bilhões de esporos. O vento é o principal vetor de disseminação.” Os pesquisadores indicam que o fungo Moniliophthora roreri já está presente na Colômbia, Equador, Peru e Venezuela, além de países da América Central,
e surge como ameaça de introdução da doença no Brasil.
O risco de disseminação é grande, pois, como são esporos, podem ser trazidos até mesmo presos em roupas, calçados ou mesmo na pele de pessoas que tenha tido contato com cacaueiros infectados. Na verdade, o trabalho de prevenção à moníliase do cacaueiro foi iniciado na Ceplac desde 2007, com várias ações através de cursos e visitas técnicas. No entanto, prevê-se que já a partir dos próximos dias seja intensificada uma campanha de prevenção, principalmente na Bahia.
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