“Uma revelação divina” fez com que uma nicaraguense de 25 anos fosse amarrada e queimada viva numa fogueira para ser “curada” em uma suposta tentativa de exorcismo.
Vilma Trujillo, que sofreu queimaduras em 80% de seu corpo, não resistiu e morreu na terça-feira(28), depois de uma semana de agonia.
A morte da jovem comoveu a Nicarágua. De acordo com a Polícia Nacional do país, a mulher foi levada para “uma oração de cura”, no dia 15 de fevereiro, a um templo da igreja evangélica Visão Celestial das Assembleias de Deus, em El Cortezal, no noroeste do país.
Vilma Trujillo teve os pés e mãos amarrados e ficou sob a supervisão do pastor da igreja, identificado por autoridades locais como Juan Gregorio Rocha – homem que a Assembleia de Deus nega reconhecer como pastor.
Seis dias depois, em 21 de fevereiro, depois da meia-noite, Trujillo foi queimada na fogueira.
Segundo a Polícia Nacional, a diaconisa da igreja, Esneyda del Socorro Orozco, havia ordenado que “por revelação divina, deveria ser feita uma fogueira no pátio do templo para curar a vítima por meio do fogo”.
Vilma Trujillo teria, então, sido lançada ao fogo com pés e mãos amarrados. A jovem sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus em 80% do corpo e, apesar de ter sido levada a um hospital em Manágua, a capital, acabou falecendo.
O marido da vítima, Reynaldo Peralta, afirmou que Vilma Trujillo, mãe de
Até o momento, cinco pessoas já foram detidas por suspeita de terem participado do crime, entre eles o pastor Gregório Rocha e a diaconisa Esneyda Orozco.
A morte de Vilma Trujillo causou comoção na Nicarágua, onde a proporção de católicos vem caindo há 20 anos – hoje são menos de 50% da população, enquanto que os evangélicos chegam a quase 40%.
O porta-voz da Comissão de Direitos Humanos da Nicarágua, Pablo Cuevas, pediu ao governo um controle mais firme dos grupos religiosos no país.
Até o momento, cinco pessoas já foram detidas por suspeita de terem participado do crime, entre eles o pastor Gregório Rocha e a diaconisa Esneyda Orozco.
A morte de Vilma Trujillo causou comoção na Nicarágua, onde a proporção de católicos vem caindo há 20 anos – hoje são menos de 50% da população, enquanto que os evangélicos chegam a quase 40%.
O porta-voz da Comissão de Direitos Humanos da Nicarágua, Pablo Cuevas, pediu ao governo um controle mais firme dos grupos religiosos no país.
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