O obra foi doada foi doada por familiares do fundador e a Cerimônia contará com a presença de autoridades e familiares do homenageado.
HISTÓRIA DA CIDADE
Em 1932, o cidadão Bento Alves de Brito, prefeito de Caculé, ao adquirir terras nesta região, enviou dois dos seus irmãos. Mais tarde, em 1934, enviou o terceiro irmão, José de Brito (Basson). Já havia, na época, um pequeno povoado na Barra do Córrego da Coroa. Porém como era em local bastante acidentado, Bento sugeriu que se fundasse outro nas fazendas Boa Vista, de João Antônio dos
Santos, apelidado de "João Mineiro", e Ponte Nova, da Senhora
Tranqüilina Martins Ferraz.
Em de abril de 1934 teve início a fundação de um arraial, pelos irmãos José, Antônio Manoel e Manoel Alves de Brito, recebendo o nome de Belém. Foi a Sra. Tranqüilina Martins Ferraz a maior doadora de terras. O arraial foi edificado com pequenas casas de taipa, cobertas de palhas, com a luta intensa dos Brito e Ferraz, que não mediam esforços em prol do desenvolvimento do arraial. Nessa época, o arraial de Belém pertencia ao município de Encruzilhada. O transporte para a sede do município era de dificílimo, não se podendo fazer comércio com Encruzilhada e a pouca produção que o arraial tinha só saía daqui através das cidades de Jacarandá e Canavieiras.
Em agosto de 1935 chegou a esta região o cidadão Rodolfo Lacerda Ferraz e em 1936 Bento Alves de Brito; homem dotado de muito tino administrativo e político. Nessa época, o cidadão Afrânio Ferraz da Rocha era o representante do Arraial de Belém e vereador pela prefeitura de Encruzilhada, tendo como prefeito o Sr. Pedro Mendes. O Sr. Bento Alves de Brito ofereceu cópia de um abaixo-assinado para o Cel. Juracy Magalhães - Interventor da Bahia. Esse abaixo-assinado seguiu para Canavieiras.
Em 1937 vieram para Belém uma caravana com o prefeito de Encruzilhada, pensando em nos ser útil e criar aqui o Distrito de Araponga, trazendo apontamentos para nomeações de juízes de paz, subdelegados etc. Não tardou chegar às nomeações, todas alteradas, e um Sr. José Albuquerque, acompanhado de dois oficiais de justiça, para dar posse ao Distrito de Araponga, com suas autoridades. De modo algum a população aceitou o nome de Araponga, tampouco as nomeações falsificadas.
Com a saída do Cel. Juracy Magalhães, foi nomeado o novo interventor, o Cel. Antônio Dantas, com a adesão de Afrânio Ferraz da Rocha. O povo de Belém resolveu enviar um emissário a Salvador; foi escolhido o próprio Afrânio para levar o abaixo-assinado, pedindo para anexar a faixa de terra que ia de Três Pontas-Couro D'Anta ao município de Canavieiras, o que o Sr. Interventor recebeu de bom grado. Nessa ocasião era prefeito de Encruzilhada o Dr. Arnaldo Marques, que também se encontrava na Capital do Estado e logo que teve conhecimento do ocorrido protestou veementemente e assim foi frustrado o intento do nosso ofício.
Quando foi nomeado outro Interventor da Bahia ? o Dr. Landulfo Alves de Almeida, amigo íntimo do Dr. Ademar Santos Correia de Menezes, o nomeou como Prefeito de Canavieiras, criando o plano quinquenário. Afrânio Ferraz da Rocha teve entendimento pessoal com o Dr. Ademar Menezes e esse como Dr. Landulfo Alves, então criou-se o Distrito de Paz de Natal (nome que o Arraial de Belém havia recebido) em outubro de 1938, com as divisões de hoje município de Potiraguá. Foram nomeados os Srs. Afrânio Ferraz para Administrador Municipal, Rodolfo Lacerda e Josias Coelho para 1º e 2º juízes de Paz. Como Josias Coelho não prestou juramento, Rodolfo Lacerda exerceu o cargo de 15 de fevereiro de 1939 a 04 de agosto de 1950, como 1º juiz de Paz. Depois disso foi nomeado pelo Secretário de Segurança Pública, para exercer o cargo de subdelegado de polícia; cargo que exerceu por um ano.
A Vila de Natal, em 1945, mudou o nome para Vila de Potiraguá. Em 6 de março de 1954 foi sancionada a Lei 544 que criou o município de Potiraguá. No dia 8 de setembro o Sr. Rodolfo Lacerda foi empossado como gestor dos negócios do Município, com a eleição do Dr. Régis Pacheco, e com o apoio do Deputado Antônio Fernandes. O período de transição foi concluído em 7 de abril de 1955, quando já eleito prefeito Joaquim Correia de Melo.
Significado do Nome
Cremos que o antigo nome Belém foi dado pensando no distante rincão da Palestina (Ásia), onde veio ao mundo o maior Espírito (para os cristãos) nascido na Terra ? Jesus Cristo. Isso porque os habitantes daqui eram bastante religiosos, principalmente os varões das famílias Brito e Ferraz, que escolheram o nome. Mais tarde, em 1938, quando o Arraial de Belém foi elevado à categoria de vila, os mesmos varões, juntamente com o Sr. Rodolfo Lacerda Ferraz, discutiram e lembram que o país possuía um estado cuja capital era Belém e que não era permitido dois nomes iguais. Então optaram por Natal, também com o sentimento de religiosidade, pensando no nascimento de Jesus; esqueceram-se, porém, da capital do Rio Grande do Norte.
Bem mais tarde, em 1945, no término da Segunda Guerra Mundial, voltaram a discutir sobre a mudança do nome da vila. Justamente nessa ocasião, um senhor de nome João estava com uma grande atividade envolvendo muitos homens para extrair pó de uma palmeira chamada oricuri ou auricuri, que aqui existia em abundância circundando a pequena vila e principalmente margeando o Córrego do Nado.
Foi justamente no auge dessa atividade que o nome da vila de Natal foi mudado. Reuniram-se os cidadãos José de Brito Alves (Basson), Rodolfo Lacerda Ferraz, Antônio e Manoel Alves de Brito e tiveram a idéia do nome com base na atividade da exploração do pó da palmeira. Pó ? tirado da palha, água ? porque as palmeiras eram cortadas às margens do rio.
Daí concluíram:
-Pó + tira + água = Potiraguá, apenas resolveram colocar o acento de água na última sílaba da palavra = Potiraguá.
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