Após 16 dias, a família que teve a casa demolida no município de Vitória da Conquista, ainda não recebeu nenhum tipo de assistência financeira do empresário que confessou ter mandado cometer o crime. A informação foi passada ao G1, nesta quinta-feira (15), pela advogada Cristiane Gobira, que defende a família.
Dona Valdete Silva, que tem 84 anos e era proprietária da casa, e o filho dela, Deusdete Almeida, que sofre de problemas mentais, estão abrigados na casa de familiares desde o dia 30 de agosto, quando o imóvel em que moravam foi destruído por um trator, a mando do empresário Allan Kardec. O homem disse à polícia que perdeu a cabeça durante uma crise de hipoglicemia e prometeu indenizar a família, segundo informou o delegado Nei Brito, titular da delegacia de Vitória da Conquista.
De acordo com a advogada Cristiane Rocha, ela e a família aguardam que o empresário procure por eles para tratar do caso até a sexta-feira (16).
Caso contrário, segundo a advogada, ela irá procurar a Justiça na segunda-feira (19) para dar entrada em ações contra o homem. Cristiana Rocha explicou que pretende pedir indenização por danos morais e patrimoniais causados a dona Valdete.
Em contato com o G1, também nesta quinta-feira, o empresário Allan Kardec disse que não iria comentar o caso com a imprensa, mas se defendeu: “assumo os meus erros, a minha parte, mas não sou o que estão pregando”. O homem relatou que o “elegeram como o homem rico que demoliu a casa dos pobres”.
Caso
O empresário se apresentou à polícia, na Delegacia de Vitória da Conquista, na última segunda-feira (12), e, acompanhado de um advogado, confessou ter mandado demolir a casa depois que Deusdete Almeida quebrou uma vitrine de vidro do imóvel dele. A informação foi passado pelo delegado Nei Brito.
O empresário se apresentou à polícia, na Delegacia de Vitória da Conquista, na última segunda-feira (12), e, acompanhado de um advogado, confessou ter mandado demolir a casa depois que Deusdete Almeida quebrou uma vitrine de vidro do imóvel dele. A informação foi passado pelo delegado Nei Brito.
O delegado afirmou que irá indiciá-lo por dano qualificado, crime de menor potencial ofensivo que prevê pena de seis meses a três anos de detenção. O empresário responde ao inquérito em liberdade.
De acordo com o delegado Nei Brito, a demolição ocorreu no momento em que Deusdete tinha ido à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a acusação do empresário de quebra da vitrine. Deusdete demorou cerca de uma hora e meia e, quando retornou, a casa já tinha sido destruída.
A família ficou desesperada após a demolição e, inicialmente, não sabia o motivo e não tinha suspeitas do autor do crime.
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