Há três anos o governo tem efetuado o pagamento do reajuste linear parcelado, conferindo perdas aos trabalhadores. Em 2016, não há qualquer sinalização de que o governador Rui Costa conceda o direito trabalhista. O confisco salarial é de 10,67% para os mais de 267 mil servidores.

Além disso, tramita no Congresso Nacional, em regime de urgência, o PLP 257 que veta os aumentos salariais com ganhos reais, adicionais, gratificações e indenizações. Já a PEC 241 é ainda mais severa, pois pretende estagnar os gastos públicos por 20 anos para garantir o pagamento da dívida pública. Os investimentos em saúde, educação, pagamento de salários e outros direitos serão os mesmos que em 2016, salvo a reposição inflacionária do período, mesmo que a receita do país aumente. 


Em defesa da educação pública

As Universidades Estaduais da Bahia enfrentam uma grave crise orçamentária. As perdas reais das verbas de manutenção, investimento e custeio de 2013 a 2016 ultrapassam os R$ 73 milhões na UESB, UESC, UEFS e UNEB. A perspectiva para o ano que vem também não é diferente, pois a emenda à Lei de Diretrizes Orçamentárias que garantia mais recursos foi rejeitada pelo relator do projeto, deputado e professor aposentado da UESB, José Raimundo Fontes.

A situação é refletida na UESB na perda real de mais de R$18 milhões nas verbas de manutenção, investimento e custeio nos últimos três anos. São 180 disciplinas não ministradas por falta de professores. Editais de pesquisa e extensão com financiamento interno estão suspensos e a permanência estudantil teve redução de R$ 50 mil.

Mobilização

Em continuidade ao ato da quarta-feira (20), os docentes participarão da plenária dos servidores públicos baianos, a ser realizada na sede da Afpeb às 14h, localizada na Rua Carlos Gomes. Na oportunidade, os trabalhadores avaliarão as condições para deflagração da greve.